sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Deixar que o vazio egoísta seja substituído pela saudade tranqüila e cheia de calor, enquanto o tempo leva embora o que há de doído e nos permite cicatrizar para apreciar as pequenas e grandes lembranças de uma vida repleta de brilho e força.
Mulher, muleca, esposa, mãe, guerreira, avó, exemplo... de bom-humor e garra. Maria no nome e no sorriso. Guardada, assim como suas antigas cantigas, com eterno carinho dentro de mim.

domingo, 20 de setembro de 2009


Já não é mais tão simples e recomeça a se fazer perguntas das quais antes queria fugir. De repente acorda, ainda que nunca tenha sequer chegado a dormir... querendo ou não, uma hora a festa sempre acaba, a ressaca sempre chega, a manhã começa, o sol batendo na tua cara e você tem que lidar com a vida lá fora. É, meu bem, não dá pra fugir muito menos fingir, pra sempre.
... fecha os olhos e respira fundo, toma coragem ou o qualquer outra coisa que seja pra encarar o que vem por aí ... tanto fez, tanto faz.
E você é só mais uma menina mimada, acostumada demais a acreditar no que resolve tomar por verdade e só. O mundo não gira bem assim garota, cuidado pra não cair numa dessas voltas. Tentando prolongar o que já acabou faz tempo, por alguns segundos a mais daquele gosto doce... daquela vida que não é mais tua, e que volta, volta e meia pra te lembrar de tudo o que largou pelo caminho. Pois é, você tá fudida e sequer sabe por onde começar.
Nem a primeira, nem a última. Apenas mais uma entre tantos tolos e seus ideais despedaçados. Aqui não há espaço pra isso.
Anda, engole o choro e segue teu rumo, ainda que você não faça mais idéia de qual seja ele. O importante é não ficar parado. A vida continua com ou sem você, ta na hora de decidir se quer participar.
Seu tempo acabou.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009


É, eu gosto do que é esquisito. Não demora muito pra reparar. Pode ser um prédio condenado, em ruínas, que alguém abandonou e hoje nem mesmo serve pra ponto de crack; pode ser uma foto borrada, um grito absurdo num estacionamento vazio ou o sorriso sem forças, talvez sem dentes de um velhinho em seu terno antigo de passeio. Certas coisas podem não fazer sentido ou ter graça pro mundo, mas de seu jeito torto mexem comigo. Então aproveita e deixa eu me aproveitar...
Não vamos perder nem mais um segundo com regras ou convenções idiotas, deixe que o dia-a-dia se ocupe disso, e hoje, só por hoje, fecha os olhos que eu fecho os meus também. Vamos deixar a realidade pra trás, de lado, ou onde quer que seja, contanto que seja bem longe de nós dois ... joga a tua identidade pra lua, porque a minha o vento já levou e eu não pretendo pedir de volta.
Por um instante ou uma noite, invente, confunda, crie, mude, bagunce, se reinvente pra depois pôr tudo no lugar ou não. Você é quem sabe, eu só estou aqui pela companhia... ou será que é pela bebida? Não importa... de um jeito ou de outro, você nunca vai me entender. Então guarda tuas perguntas, teus pedidos e essas tentativas de um outro encontro,em alguma outra hora.

... desculpe a pressa e a brutalidade, mas é que eu também sou esquisita. Você só demorou um pouco mais a reparar...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


... e que esse seja apenas mais um desencontro. Quem sabe em algum outro canto você encontre o que procura, em algum outro canto, eu consiga me encontrar... e desse jeito, nós dois consigamos ser inteiros.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Dizem que a ignorância é uma benção, e eu com a minha irritante teimosia sempre me recusei a acreditar. Hoje já nem sei no que acredito. Talvez eles estejam certos, talvez ser humano seja isso e ponto.
Então eu fico aqui, remoendo um passado empoeirado enquanto espero o chamado de um futuro diferente que nunca chega, enquanto tento levar o presente com pelo menos um pouco mais de classe... quem sabe um dia eu consiga.

domingo, 5 de julho de 2009

... e passava por todos os lugares deixando tantas marcas quanto havia em si própria, espalhando o caos só para deixar claro que podia, numa demonstração tola e infantil de alguma espécie de poder. Já tinha feito tantas vítimas, direta ou inconseqüentemente, que chegava a ser impossível contabilizar. Então apenas virava o rosto e procurava um novo alvo, ainda que na maioria das vezes, por estupidez ou insensibilidade, acabasse atingindo no fogo cruzado algo ou alguém querido.
A culpa não só pesava, como corroía e tornava ainda mais cansativo, aquele processo repetitivo do qual não conseguia escapar. Perdera a conta de quantos anos havia perdido se perdendo, e agora, temia ser tarde demais para conseguir encontrar uma saída. Era covarde e sabia disso, talvez por esse motivo, se disfarçasse debaixo de toda aquela raiva... pensava que com gritos e golpes, parecesse um pouco menos fraca e insegura, mas acabava apenas sendo ridícula. As máscaras sempre caem.
Um dia ela se viu sem voz e forçada a encarar o silêncio que tanto temia. Sem os gritos, parecia tão pequena e assustada frente ao mundo que antes pensava conseguir controlar... e caiu. Não se levantou por vários dias. Não respondeu àqueles que lhe procuraram, pois não sabia apenas falar. Foi obrigada a reconhecer sua verdadeira condição e aquilo lhe levou ao breu, de onde não podia enxergar nem desejar qualquer futuro que fosse. Deixou que a culpa e o peso que ela trazia consigo, deitassem por cima de seu corpo, quase soterrando-a e deixou de fazer, para tornar-se sua principal e maior vítima.
... desistiu de si mesma, cansou de ser.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Querendo ou não, o jogo começou então é melhor se deixar levar, aproveitar você inteiro porque uma hora sempre chega o fim. Isso eu aprendi da pior forma e ainda estou esperando o tempo fazer cicatrizar... mas já que o destino resolveu curtir de novo com a minha cara, que se foda, eu me lanço em mais uma paixão destinada ao erro, nem que seja só pra passar o tempo ou pra que me dê algo sobre o que escrever.

... a verdade é que eu adoro garotos idiotas e não há espaço pra finais felizes em histórias complicadas, regadas à álcool, gritos e confusão. É pra isso que existem as novelas, meu bem .

sábado, 13 de junho de 2009

Corre. Sai daqui enquanto você pode, porque por algum motivo eu não consigo. Foge. Anda, vai e me promete que não olha pra trás nem por uma única vez, porque tenho medo que se o fizer eu não tenha forças pra te deixar ir.
Cala a boca e me aperta. Com força. Tanta força que fique até difícil de respirar... não me importo. Quero sentir você aqui, e é quase como se assim eu pudesse guardar uma parte tua em mim, ainda que amanhã tudo vá se desfazer e a única coisa que me reste seja o vazio novamente. Hoje é nosso. Então fica quieto, não tenta me convencer de algo que nunca vai entender. Eu sou mercadoria estragada, baby... você devia ter percebido antes e mantido distância. Porque tudo sempre tem que ser tão difícil ? Tão igual ?
Os cacos continuam por todos os lados. Talvez um dia eu consiga juntá-los, de qualquer jeito, terei que fazer isso sozinha, você não pode fazer isso por mim. Então se adianta, se levanta e se manda, antes que você se corte em meio à todo esse vidro quebrado, espatifado, no caos que um dia por egoísmo te convidei a entrar. Estou tentando reparar meus danos e pedindo pra você ir, por mais que isso vá me quebrar em outros mil pedaços mais... a verdade é que nunca foi só egoísmo, nós dois sabemos disso, e é por isso que dói tanto ter que te virar as costas agora.
E foi mal, eu nunca quis tornar a sua vida um inferno... eu só estava tentando escapar do meu. Pode não parecer, mas por baixo de toda essa carcaça, das feridas, dos estilhaços, ainda sobrou algo que espera e deseja por manhãs doces e um futuro diferente. Ser auto-destrutiva é uma brincadeira que me consome tempo integral e sei lá, às vezes eu canso e preciso de descanso. Você foi a melhor soneca que eu tive em tanto tempo mas agora é hora de acordar.
O mundo não perdoa nem espera.
Vai de uma vez. Corre, antes que as coisas fiquem piores e eu me torne um arrependimento. Pelo menos desse jeito, por mais complicado e turbulento que tenha sido, ainda teremos algumas boas e verdadeiras, ainda que poucas, lembranças pra guardar.
... e se um dia, você teimar e resolver olhar pra trás, pode até ser que a saudade lhe ponha uma lágrima seca no rosto, mas com certeza vai ser com um sorriso que vai se lembrar de mim. E é desse jeito que eu prefiro.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pode me ameaçar. Tenta falar mais grosso ou descer mais baixo, porque sinceramente já cansei das mesmas idiotices de sempre... vamos ver se você é capaz de mais. É muito fácil ficar julgando, criticando e me observando daí de cima, desse pedestal invisível e imaginário que construiu pra si mesmo. Acorda querido, e guarda teu desprezo e tua pena contigo. Você pode falar mais bonito, se achar mais maduro e encher a boca pra dizer o quanto de conhecimento tem a mais, mas eu não caio nesse teu jogo e quando a verdade bruta e brusca vem à tona, você é tão podre quanto eu. Talvez até pior. Porque diferente de você, pelo menos não estou tentando me esconder atrás de nada, nem passo meu tempo enchendo a boca pra proferir julgamentos e sentenças que não cabem a mim. Nem deuses nem monstros, tá na hora de você entender, que somos todos meros mortais...
Eu já disse antes mas repito, sou complexa, mas ainda inteiramente o que sou. E você, quando vai assumir, ou sequer começar a entender o que, ou quem realmente é ?

segunda-feira, 6 de abril de 2009


O que machuca mais é toda essa ironia doente e perturbadora de saber e sentir algo que não podemos consertar, nem tocar e ainda assim continua gritando por nós. Tem coisas que simplesmente temos que ignorar e abrir mão... algumas batalhas nunca vamos ter como ganhar. No fim das contas, é melhor fechar os olhos e seguir em frente pensando que tudo não passou de mais uma mentira bonita.

... e nós nunca vamos ter certeza se foi pra valer, de qualquer jeito, vai ficar guardado em algum lugar ... “ eu amo você “ .

sábado, 28 de março de 2009

A história se repete ou sou eu que teimo em reescrevê-la numa tentativa tola de quem sabe, dessa vez fazer direito ? É, e eu já conheço todos os fatos, caí em todas as ciladas, desperdicei mais chances do que poderia pedir, ainda assim continuo pedindo. Talvez você esteja certo e meus estúpidos pedidos de desculpa não signifiquem nada, mas me diz o que significa alguma coisa, de verdade e por inteiro, nessa confusão de promessas quebradas e palavras de duplo sentido que a nossa vida se tornou ? Porque sinceramente, eu não sei. Tudo bem, também sei que não estou certa... mas querido, você prefere estar certo ou ser feliz ? Eu fico com a segunda opção e fique você com o que quiser.
E eu ? Quem sabe com o que eu fico ?!? Mas vou descobrindo...aprendendo...apesar do que você e qualquer outro digam. Meu caminho e meu jeito são difíceis de se agüentar, admito. Às vezes até mesmo pra mim. Mas eu nunca gostei muito do que é simples, e a verdade é que no final, contrária e apesar de tudo, eu descubro o quanto vale a pena. E eu sou assim.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

É aqui, entre o barulho e os clichês de uma noite suja qualquer, que eu gosto de me esconder, de me camuflar e me perder, pra depois voltar pelo caminho sem graça nem cor que sou forçada a percorrer . Ali , me esqueço um pouco ... a vida é outra, uma grande brincadeira tal qual a noite que se desenrola e promete o que quer que você consiga imaginar . Não há barreiras nem verdades, nem problemas e por algumas horas, em alguns corpos, copos e sorrisos, eu me deixo levar e respirar mais leve .
Deixe que eles me julguem e digam o quão imaturos e repetitivos meus erros são . Enche meu copo outra vez, chega mais perto e me beija com força ... eu ainda tenho tempo . Deixa que amanhã, eu volto a me importar .

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

E é sempre só mais uma cerveja, em mais um pé-sujo, eu juro pra mim e para os outros . Nada demais . Qualquer desculpa por alguns minutos a mais de rua ... e é patético, eu sei, mas ainda hoje, é em meio à essa zona onde me sinto mais em paz .
Acontece que nunca é um copo só . E a paciência vai se esgotando assim como os minutos daquela noite de semana onde nós somos os poucos, provavelmente os últimos a resistirem acordados .
Eu não gosto de não e me adianto, arrumando numa escapada rápida quase invisível, novos personagens de uma nova mesa que me digam exatamente o que quero ouvir . E já não importa quem eles são, pra onde vão, contanto que eu consiga o que preciso, o que quero outra vez . O tempo se dobra pra mim, ou pelo menos é o que eu penso, sentada naquela mesa envolvida por pessoas aleatórias dispostas a fazer minhas vontades , tão sorridentes e mascaradas de novas e frutíferas amizades, mas que na verdade vão terminar mal o amanhecer se pronuncie . Quando enfim desapareço , sem culpa nem vergonha, sem limites e sem pistas de quem realmente sou . Um pouco por descaso, outro pouco, porque nem eu mesma consegui ainda descobrir ( ... )


domingo, 18 de janeiro de 2009

Limpo o rosto , tirando o resto da maquiagem borrada com a mesma falta de tato e delicadeza com que tento apagar tantas outras coisas na minha vida . O dia vem e fica claro o quanto saí de rumo ... e aí eu penso, quando realmente estive no lugar ? Onde é que ele fica ? Me diz você, como é estar no lugar certo . Nunca fui muito de acreditar em conselhos, mas parece que ultimamente não me machucaria escutar alguns .
Porque às vezes ainda me sinto com doze anos e não entendesse de nada, repetindo padrões e comportamentos, desafiando sem motivos simplesmente porque não sei como, nem o quê fazer . E cansa estar sempre errada, entrar em batalhas perdidas e insistir no que não tem reparo nem solução . Ainda que saiba que são esses meus tropeços, erros e recomeços, que mais me permitiram crescer. Me mostraram uma ou outra coisa, daquelas que a gente não consegue aprender só lendo livros muito menos na escola . Coisas que seus pais não podem, ou talvez não queiram te ensinar . Só a vida, e nem sempre da maneira mais agradável .
Enquanto todo mundo dorme, eu fico aqui encarando o que sobrou de mim no espelho e fazendo perguntas pras quais não tenho resposta . Sempre penso que não devia ser assim . Deve ter um jeito mais fácil, um caminho menos esburacado e que eu também, assim como todas aquelas outras pessoas, sorridentes e tranqüilas, possa e consiga seguir . Mas então eu paro e penso, quem sabe, não seja nunca tão simples como eu vejo em histórias por aí, e toda essa turbulência, esse modo inquieto e inconstante, faça parte da vida e do jeito que escolhi pra mim . Alguns de nós simplesmente não conseguem ficar em um único lugar ...
E não tem problema, o certo é relativo e este é um novo dia . Eu vou ficar bem.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Amanhã, você disse . E eu, mesmo contra todos os avisos e o meu pouco de bom senso, concordei em esperar . Em segredo e sem expectativas , ou pelo menos, era o que eu dizia a mim mesma quando a voz da razão vinha me cutucar e me chamar de idiota .
Vai, muda de assunto . Coloca uma música, qualquer uma que não te lembre o que tantas e tantas vezes jurou pra si mesma esquecer . Vai dar uma volta, duas, três, não importa, some e depois reaparece, faz o que quiser, mas pelo amor de deus, não fica aqui . Os relógios estão todos quebrados ou sou só eu ? Tô cansada . Não quero mais, mas você não entende e ninguém acredita . São três horas da manhã e eu estou falando sozinha, quando deveria estar falando com você .
Ignora . Promete que me deixa, que me esquece, que eu faço o meu melhor pra te esquecer também . Você não vê que eu estou diferente ? É . Eu não quero mais ter que escutar o que eles dizem, muito menos sentir e ter que concordar que no fundo, mudei bem menos do que gostaria . Mas não, eu não sou idiota . E a verdade é que por mais cética que pareça, tudo o que eu mais queria era não ter que deixar de acreditar ...
Agora não perde seu tempo, como durante tanto tempo me fez perder o meu . Guarda a tua saliva, suas desculpas e esse teu amor escroto, complicado e cheio de cacos . Leva ele pro inferno, porque o longe nunca foi suficiente pra nós dois .
Eu esperei por inúmeras madrugadas, mas enfim o meu amanhã chegou .

... vai, desaprendi a te ter aqui .

domingo, 4 de janeiro de 2009

Apaga tudo . Retrocede e volta .
Volta praquele momento , aquela fracção de segundo em que você pensava se valia a pena ou não se arriscar . E não vem , vai pro teu lado que na minha história , faz tempo eu já fui pro meu .
Vamos fingir . Eu sei , to ficando boa de um jeito perigoso nisso , mas te juro que você não fica muito atrás . Muita gente já olhou , mas são tão poucos os que conseguem me enxergar . Por trás dos sorrisos treinados , forçados , maquiados , entre aquilo que sou e quem gostaria de ser .
Eu me entedio fácil , me disperso , mas nós dois sabemos que dou meu jeito pra me encaixar , e voltar . Porque eu te entendo , às vezes até mais do que você ... talvez seja justamente esse o nosso problema . Quando você vira eu e vice-versa , é hora de ir embora , e ponto . É cedo e assustador demais ...
Daí esquece o beijo que eu te roubei e eu tiro da cabeça todos os que prometeu me dar . O que me deu , de bom , ruim e até de medíocre , mas que em dias cinzentos costumava me trazer conforto . To tirando você daqui .
Ninguém disse que seria fácil , e a minha tolerância é maior do que gosto de admitir mas até eu sei quando ta na hora de parar , e as nossas se esgotaram . Nós fomos longe demais , mas nunca realmente chegamos a lugar algum . Então relaxa , apaga tudo e a gente volta pra uma noite qualquer , bem antes disso tudo começar .

Nós somos jovens e o mundo é grande , quem sabe numa outra vida ...