terça-feira, 7 de julho de 2009

Dizem que a ignorância é uma benção, e eu com a minha irritante teimosia sempre me recusei a acreditar. Hoje já nem sei no que acredito. Talvez eles estejam certos, talvez ser humano seja isso e ponto.
Então eu fico aqui, remoendo um passado empoeirado enquanto espero o chamado de um futuro diferente que nunca chega, enquanto tento levar o presente com pelo menos um pouco mais de classe... quem sabe um dia eu consiga.

domingo, 5 de julho de 2009

... e passava por todos os lugares deixando tantas marcas quanto havia em si própria, espalhando o caos só para deixar claro que podia, numa demonstração tola e infantil de alguma espécie de poder. Já tinha feito tantas vítimas, direta ou inconseqüentemente, que chegava a ser impossível contabilizar. Então apenas virava o rosto e procurava um novo alvo, ainda que na maioria das vezes, por estupidez ou insensibilidade, acabasse atingindo no fogo cruzado algo ou alguém querido.
A culpa não só pesava, como corroía e tornava ainda mais cansativo, aquele processo repetitivo do qual não conseguia escapar. Perdera a conta de quantos anos havia perdido se perdendo, e agora, temia ser tarde demais para conseguir encontrar uma saída. Era covarde e sabia disso, talvez por esse motivo, se disfarçasse debaixo de toda aquela raiva... pensava que com gritos e golpes, parecesse um pouco menos fraca e insegura, mas acabava apenas sendo ridícula. As máscaras sempre caem.
Um dia ela se viu sem voz e forçada a encarar o silêncio que tanto temia. Sem os gritos, parecia tão pequena e assustada frente ao mundo que antes pensava conseguir controlar... e caiu. Não se levantou por vários dias. Não respondeu àqueles que lhe procuraram, pois não sabia apenas falar. Foi obrigada a reconhecer sua verdadeira condição e aquilo lhe levou ao breu, de onde não podia enxergar nem desejar qualquer futuro que fosse. Deixou que a culpa e o peso que ela trazia consigo, deitassem por cima de seu corpo, quase soterrando-a e deixou de fazer, para tornar-se sua principal e maior vítima.
... desistiu de si mesma, cansou de ser.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Querendo ou não, o jogo começou então é melhor se deixar levar, aproveitar você inteiro porque uma hora sempre chega o fim. Isso eu aprendi da pior forma e ainda estou esperando o tempo fazer cicatrizar... mas já que o destino resolveu curtir de novo com a minha cara, que se foda, eu me lanço em mais uma paixão destinada ao erro, nem que seja só pra passar o tempo ou pra que me dê algo sobre o que escrever.

... a verdade é que eu adoro garotos idiotas e não há espaço pra finais felizes em histórias complicadas, regadas à álcool, gritos e confusão. É pra isso que existem as novelas, meu bem .