sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

É aqui, entre o barulho e os clichês de uma noite suja qualquer, que eu gosto de me esconder, de me camuflar e me perder, pra depois voltar pelo caminho sem graça nem cor que sou forçada a percorrer . Ali , me esqueço um pouco ... a vida é outra, uma grande brincadeira tal qual a noite que se desenrola e promete o que quer que você consiga imaginar . Não há barreiras nem verdades, nem problemas e por algumas horas, em alguns corpos, copos e sorrisos, eu me deixo levar e respirar mais leve .
Deixe que eles me julguem e digam o quão imaturos e repetitivos meus erros são . Enche meu copo outra vez, chega mais perto e me beija com força ... eu ainda tenho tempo . Deixa que amanhã, eu volto a me importar .

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

E é sempre só mais uma cerveja, em mais um pé-sujo, eu juro pra mim e para os outros . Nada demais . Qualquer desculpa por alguns minutos a mais de rua ... e é patético, eu sei, mas ainda hoje, é em meio à essa zona onde me sinto mais em paz .
Acontece que nunca é um copo só . E a paciência vai se esgotando assim como os minutos daquela noite de semana onde nós somos os poucos, provavelmente os últimos a resistirem acordados .
Eu não gosto de não e me adianto, arrumando numa escapada rápida quase invisível, novos personagens de uma nova mesa que me digam exatamente o que quero ouvir . E já não importa quem eles são, pra onde vão, contanto que eu consiga o que preciso, o que quero outra vez . O tempo se dobra pra mim, ou pelo menos é o que eu penso, sentada naquela mesa envolvida por pessoas aleatórias dispostas a fazer minhas vontades , tão sorridentes e mascaradas de novas e frutíferas amizades, mas que na verdade vão terminar mal o amanhecer se pronuncie . Quando enfim desapareço , sem culpa nem vergonha, sem limites e sem pistas de quem realmente sou . Um pouco por descaso, outro pouco, porque nem eu mesma consegui ainda descobrir ( ... )