terça-feira, 23 de outubro de 2012

O colorido da cidade sai da mistura dos vários tons de cinza; das luzes incansáveis dos bares e restaurantes espalhados a cada esquina; dos papéis picotados, grudados nos postes, nas calçadas, no lixo ao grafite que se impõe nas fachadas, m uros, pontes, vitrines e vidraças cada vez mais altas. Dando graça a uma cidade engessada. Não boto em questão se é bonita ou não é; há beleza em tudo e São Paulo, com certeza, tem seu charme. Mas é uma terra dura. Cidade do concreto, onde a mão do Homem prevelace soberana, orgulhosa, sobre a Natureza tímida. Mas nem só de cinza vive essa cidade. Como sua população, multi-racial/cultural/sexual, há também uma multiplicidade de nuances que se revelam praqueles que olham além dos clichês... e aí sim, cores deliciosamente pulsantes, talvez picotadas como os papéis que vemos espalhados pelas ruas... mas ainda assim cores. Enquanto desço a Augusta, os sinais dos carros brilham e as hordas de pessoas indo e vindo, tentando chegar em algum lugar me envolvem, me comovem, me movem rumo ao que muitas vezes nem bem sei. O colorido da cidade se mistura em mim.

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